9 de setembro de 2015

Confissões já conhecidas

       Penso num texto e lá vou eu me por a escrever nessa noite de insônia. Me deparo com um textinho momentâneo de um tempo atrás e me ponho a chorar  pela concretização dele. É estranho como meu espírito sempre alegre e otimista com os outros, pode ser tão pessimista comigo mesma. O pior é acertar. É engraçado também pensar no tipo de pessoa que passo para as pessoas. Aquela forte, que fala de sacanagem e que parece não ligar para os tombos que leva. A questão é que no fundo eles doem, bem mais do que eu gostaria de admitir.
       Muitas vezes eu paro e penso que gostaria ter um coração de pedra mas isso não seria eu. Posso me ferrar quantas vezes for, entrarei na fila novamente com um sorriso imenso no rosto. Mesmo que seja um grande tombo, como acontece com muitas pessoas que se fecham, creio que não funcionaria comigo. Sou daquelas que pula do bungee jumping e corta a corda. Me quebro toda, subo, e pulo de novo. Acho que há a esperança de haver um rio profundo embaixo.
       Eu não sei se absorvo a chama da pessoa com minha fogueira de São João ou se há realmente uma chama olímpica percorrendo os cantos para finalmente chegar a mim.
       A gente vai seguindo com o que dá. Aprendendo ou não com alguns erros, conhecendo gente nova, aprendendo com antigas, deixando o vento nos levar como uma folha numa tarde de outono, com o frio cortando e o Sol brilhando no horizonte.

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