Ela compreendeu o valor do seu ser, compreendeu que não há porque falar para os Sete Mundos, o que há com ela. É tudo uma grande bobagem. Algo que vai além do sonhos e das análises não deve ser descartado mas também não precisa receber total atenção. É necessário apenas alguns comprimidos para tudo se esvair pelo vento, sem se sumir por completo.
Eu era essa paciente. Você era. Você foi o tempo todo o sujeito analisado mas você nunca trabalhou comigo como a psicanálise pede. Os casos são mais fortes. Estamos de alta. Libertados.
Anna O. te conquistou e você saiu correndo, depois de ter plantado algo nela. E eu só observei, sentindo o cheiro de pudim ao longe que talvez seja a lembrança dos seus doces. Me perdoe por fugir também mas preciso que o método de associação livre recaia sobre mim. Preciso ser livre ao me trancar, ao ser fria na minha subjetividade. Já não há uma relação simétrica. Preciso achar o devido lugar ao qual pertenço, sem atos falhos.
Cansei da neurose e da histeria.
Até breve meu amigo Freud, que nos encontremos nos lindos campos da sua época e que possamos divagar sobre nossas teorias. Venha me visitar se quiser para tomarmos um vinho ou um conhaque, fumarmos um charuto e liberarmos o libido, onde um charuto será apenas um charuto.
Um grande abraço,
Sua Queria Amiga.