27 de julho de 2012

Delírios de uma Sagitariana

       E lá está você no pedestal. Como de costume, é o que eu faço. Daqui de baixo vou te observando. E nem um olhar com verdadeiro interesse, mesmo que não seja carnal, você me proporciona. Só de vez em quando um ou outro escorrega pelo salão e você me encontra, ou até mesmo numa conversa à três ou numa sala repleta, quando você dirige suas palavras à mim, pela educação que você tem, você se vira e chego a achar graça do seu jeito meio pacato de não conseguir olhar nos olhos por muito tempo, sempre o desviando.
       Sinceramente, entendo suas poucas palavras comigo. Não que você seja um homem de muitas palavras mas sinto que há uma real trava em relação à minha pessoa. Mas como disse, entendo perfeitamente visto a quantidade de besteiras que ando falando. Infelizmente, ou não, eu sou assim. As vezes sinto essa incrível vontade de dizer o que sinto ou o que estou pensando e cá entre nós, sabemos que sempre há àquela ajuda.
       Não queria assumir mas sim, estou encantada pelo seu sorriso. Aquele meio tímido e as vezes divertido, empolgante.
       Outra graça que vejo é o fato de sermos opostos, talvez seja isso mesmo que me atraia, essa impulsão por coisas quase impossíveis. Por que não gostamos de coisas mais fáceis? Por que gostamos de desafios, se no final das contas, pararmos para analisar, você só estará criando esperanças sobre uma coisa praticamente impossível que vai fazer você ficar pelo menos levemente magoado quando o vento vier desmanchar sua nuvem de sonho?
       Quem responder que é porque somos idiotas, burros, etc, estará sendo muito prático. Mesmo eu, aqui pensando e pensando, não sei qual é a resposta. Só sei que é um sentimento que faz seu coração disparar e você sentir um frio na barriga, e essas coisas te impulsionam. Não é amor. Pode vir a ser, mas a princípio não é. É apenas um instinto.
       Sei que esse texto poderia ser mais uma coisa que o faça se afastar, mas também sei que a probabilidade de você ler isso é quase nula assim como a de você cumprir o meu desejo de me agarrar, me jogar na parede e me chamar de lagartixa, então...
       E se você não vem o que eu posso fazer? Vou seguir minha vida, colocando um sorriso no rosto e tentando gostar de quem gosta de mim. Mesmo que não haja aquele fervor, que não me provoque aquela impulsão... Mas como dizem, quem faz a festa é você.

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